quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Prefeito de Eusébio Acilon Gonçalves é responsável por garantir ao Conselho Tutelar de Eusébio melhores condições de trabalho

O Prefeito Municipal de Eusébio Dr. Acilon Gonçalves vem trabalhando ao longo dos seus 07 anos de mandato para garantir ao Conselho Tutelar de Eusébio melhores condições de trabalho.

Em 2011 foi realizada a reforma do prédio que estava algum tempo precisando de um novo "fôlego" para poder proporcionar um ambiente de trabalho mais agradável aos conselheiros e também garantir mais conforto aos seus usuários. Com a reforma também foi feito a aquisição de novo mobiliário.

Atendendo a resolução 139/2010 do CONANDA o Conselho Tutelar dispõe hoje de um sala administrativa, uma sala de reuniões do colegiado, uma sala de atendimento, uma recepção ampla, um banheiro para cadeirantes e sem contar com uma copa e uma cozinha. Vale ressaltar que as salas estão todas devidamente climatizadas.

Neste mesmo ano ainda foi encaminhado para o Conselho Tutelar mais uma pessoa do Programa Municipal de Renda Mínima que presta serviço ao município como auxiliar de serviços gerais no período da tarde, sendo assim o CT de Eusébio agora tem duas auxiliares de serviços gerias.

Também em 2011 o Prefeito Acilon Gonçalves encaminhou uma atendente para recepcionar e atender os usuários que buscam informações e orientações junto aos conselheiros tutelares.

Atualmente o CT de Eusébio está equipado com 04 computadores ligados em rede a Internet, dispondo também de duas impressoras laser, aparelho de fax e dois aparelhos celulares para os plantões dos finais de semana e feriados.

Há um ano atrás o colegiado do CT de Eusébio conseguiu junto ao prefeito Acilon Gonçalves um veículo permanente e exclusivo para atender as demendas do Conselho Tutelar. Este veículo garante hoje mais agilidade nos atendimentos feitos nas comunidades de Eusébio, permitindo assim também uma resposta mais rápida nos encaminhamentos e resoluções de casos.

Outra grande conquista do atual colegiado de Eusébio foi uma sensível melhora no salário dos conselheiros que pulou de um salário minímo para R$ 944,00. É garantido em lei municipal férias remuneradas com 1/3 do salário, licença maternidade e paternidade, 13º salário e cobertura social(INSS).

O Colegiado de Eusébio mostrou-se eficiente e lutou pelas suas garantias estruturais, sociais e salarial e deve servir de exemplo para os demais conselhos tutelares do estado do Ceará.

Parabéns ao Conselho Tutelar de Eusébio e ao Prefeito Acilon Gonçalves pelo brilhante trabalho em defesa dos direitos da criança e do adolescente.

Fonte: www.blogdaacontece.blogspot.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Eusébio realiza a 4ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

No dia 27 de outubro passado, no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Eusébio de Queiroz aconteceu a 4ª Conferencia Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Eusébio, que contou com a participação de cerca de 120 pessoas, incluindo os 42 adolescentes delegados eleitos na Conferência de Adolescentes.

Inserida na grande mobilização nacional, a Conferência teve como tema: “Mobilizando, implementando e monitorando a Política Nacional e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”.

O evento contou com as presenças das conselheiras estaduais do CEDCA-CE Rita de Cássia e Sandra Luna, que saudaram os presentes em nome do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes.

No encontro foram eleitos os delegados que irão participar da VIII Conferência Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente, envolvendo oito municípios e que acontecerá em Eusébio, neste mesmo auditório, no próximo dia 17 de novembro de 2011.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tratamento da dependência de crack e a internação compulsória

Fabiana Lustosa Gaspar*

Fabiana Lustosa Gaspar é psicóloga e Coordenadora Psicossocial da ONG Viva Rio
Fabiana Lustosa Gaspar é psicóloga e Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Atualmente, é Coordenadora Psicossocial da Organização Não Governamental Viva Rio. É autora do livro Anorexia e Violência Psíquica, da Editora Juruá.
Nos últimos tempos, o crack tem sido muito discutido e apontado como o grande mal-estar da civilização atual. Inúmeras matérias têm vinculado a dependência ao crack a uma epidemia sem controle no país, considerando-a como um fato consumado e legítimo.

Apesar destas “certezas” instaladas, vale ressaltar que uma das dificuldades centrais do Brasil é a realização de estudos atualizados e de escala nacional sobre esta problemática. O que tem sido visto são diversos trabalhos de caráter não representativo do país como um todo, abusivamente utilizados e denominados como tais, o que gera uma série de distorções e falhas de estimativa e interpretação.

Para agravar ainda mais este quadro, constata-se a escassa e bastante defasada experiência de pesquisa com populações em situações de rua, e as últimas publicadas nesse sentido são em locais anteriores à emergência do crack.

Sob este panorama, é importante o cuidado do trato sobre esta problemática bem como investigações neste sentido. Vale aqui destacar a pesquisa em curso na Fiocruz em parceria com a SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas)1 que busca traçar o perfil do usuário de crack no Brasil. Esta lança mão de métodos mais novos – como geoprocessamento e utilização de amostras complexas – que, provavelmente, redefinirão o entendimento e a abordagem dessa questão nos próximos anos.

É claro que a falta de dados consistentes e atuais sobre o enfretamento do uso e da dependência do crack não significa que deva ser desconsiderado. Porém, cabe salientar que estas conclusões gerais e radicalizadas tendem a provocar intervenções extremas e imediatas sem que haja espaço para uma reflexão adequada sobre este complexo problema.

Nos dias atuais, observa-se a implementação de diversos procedimentos descolados das diretrizes básicas de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, que têm sido construídas e, indiscutivelmente progredido, a partir dos trabalhos teórico-práticos desenvolvidos ao longo dos anos.

Destaca-se, por exemplo, a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas criada em 2004. Este documento contempla, a perspectiva da atenção integral e a produção de autonomia do sujeito, criando práticas comprometidas com a promoção, prevenção e o tratamento dos agravos relacionados ao uso de drogas e à dependência química.

Sob este ponto de vista, a reabilitação psicossocial e a reinserção do usuário apostam na potencialidade do território comunitário, valorizando-o no processo de saúde-doença em relação ao consumo de substâncias. Assim, tornou-se imperativo o incremento de ações extra-hospitalares, investindo nos conceitos de território e de rede para tecer o cuidado integral. A comunidade e o meio cultural passaram então a ser elementos fundamentais para este novo modo de conceber saúde mental.

Esta modalidade de cuidado vem de encontro ao que predomina no imaginário social. Este último tende a mitificar a internação, considerando-a como a única medida resolutiva no que tange aos usuários drogas. Desta maneira, a hospitalização é utilizada de forma indiscriminada sem que haja uma avaliação adequada do caso.

Diferentemente do que predomina no imaginário social – que o isolamento através da internação é o melhor modo de cuidado do dependente químico –, é o fortalecimento das relações dos recursos locais com o sujeito que possibilitam mudanças.

Alguns municípios do Brasil, por exemplo, adotaram a compra de leitos em hospitais privados como estratégia de cuidado, buscando ofertar o número suficiente de internações aos dependentes de drogas. Tal prática, além de extremamente custosa ao SUS, não discute a real necessidade do paciente.

Nos atendimentos dos usuários de drogas, percebe-se claramente que seu pedido – e dos familiares – via de regra é pelo internamento, muitas vezes por desconhecerem outras possibilidades de tratamento. Esta modalidade de tratamento, como na abordagem de outras patologias da saúde, precisa ser compreendida como recurso último, exigindo a elevada complexidade do nível hospitalar. A internação deve acontecer em situações graves e seguir em acompanhamento após a alta, sob pena de novas e sucessivas internações.
Sob esta perspectiva, mesmo para os casos mais graves, primeiramente, devem ser oferecidos serviços que proporcionem os cuidados intensivos necessários e, ao mesmo tempo, mantenham os vínculos familiares e sociais, diferentemente do internamento.

Destaca-se como interessante alternativa ao modelo asilar e de confinamento, os Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD). A modalidade de atendimento é multiprofissional, sendo o projeto terapêutico singular para cada pessoa, contemplando suas necessidades e desejos. Nesses espaços, o tratamento psicoterápico em conjunto ao medicamentoso, quando necessário; os atendimentos às famílias; os trabalhos de geração de renda e as oficinas terapêuticas são desenvolvidos. É importante esclarecer que este serviço está sempre pronto para acolher o usuário, não exigindo a sua abstinência como pré-requisito à inserção no tratamento. Além disso, outro aspecto fundamental no atendimento aos usuários de drogas, é o trabalho de reabilitação visando à reinserção social e familiar do cidadão.

Considerando que a internação não deva ser considerada como primeiro recurso no cuidado aos usuários de álcool e outras drogas, a internação compulsória tampouco. Verifica-se que o número de recaídas nestes casos gira em torno 96 a 97% . Em outras palavras, torna-se praticamente ineficaz.

Diante desta ineficácia, entende-se que esta serve apenas, como meio de impedir um perigo imediato do paciente para a sua própria segurança ou de outras pessoas, num curto prazo de tempo. Vale esclarecer que o Ministério Público Estadual é a instância que deve acompanhar e regular este procedimento.

Neste sentido, quando se vincula diretamente o cuidado das crianças e adolescentes usuários de crack à internação compulsória, traz-se grande preocupação. Não só por sua ineficácia e pelo seu alto custo comparado a outras modalidades de intervenção, mas também por não apresentar um plano terapêutico que considere a grande complexidade a que este público está inserido.

Ao se falar em crianças e adolescentes usuárias de crack, não pode esquecer-se da situação de rua em que se encontram. Muitas destas, diferentemente do que predomina no imaginário social, não estão nas ruas em decorrência das drogas, mas sim o estão em virtude de um processo violento de exclusão social e familiar. Em outras palavras, o uso abusivo de drogas consiste em um sintoma decorrente de uma emaranhada e sofrida situação.

Para se conseguir, então, resultados mais positivos e consistentes no que tange às crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack é essencial o trabalho de resgate da cidadania. Isto quer dizer que, para que o trabalho aconteça, é necessário que estes sejam reconhecidos enquanto sujeitos e, mais ainda, enquanto sujeitos de direitos.

Sob esta perspectiva, o acolhimento e a formação do vínculo são os pontos a serem perseguidos na primeira etapa de trabalho. Com estes estabelecidos, devem ser fortalecidas e desenvolvidas ações que busquem a prevenção, a promoção e os cuidados em saúde, que vão para muito além do uso da droga. É claro que estas devem estar aliadas ao trabalho intersetorial – em parceria com os setores da educação e da assistência social, por exemplo – para que se promova um real redirecionamento das trajetórias de vida destas crianças e adolescentes, considerando as suas singularidades.

Em outras palavras, deve-se ter sempre em mente que, quando trabalha com crianças e adolescentes moradoras de rua e usuárias de crack, a busca pela reinserção familiar e social é imprescindível para este processo de cuidado aconteça.

1 Projeto de Pesquisa “Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, DF, 9 regiões metropolitanas e Brasil”, junho de 2010. Coordenado por Francisco Inácio Bastos (FIOCRUZ) e Flavio Pechansky (UFRGS);

2 Entrevista com Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, no Jornal da CBN, em 01 de agosto de 2011.

Fonte: www.promenino.org.br

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ESPECIAL Protagonismo Juvenil


Resolução incentiva protagonismo infantojuvenil

Normativo do Conanda concretiza maior participação de crianças e adolescentes na luta pela garantia de seus direitos


do Portal Pró-Menino

A participação infantojuvenil na defesa pelos seus direitos ganhou mais força. No começo de agosto, foi publicada a Resolução nº 149 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Segundo o documento, mais crianças e adolescentes devem participar das comissões de organização de todas as etapas (municipais/distrital e estaduais) da IX Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontecerá em julho de 2012.


De acordo com a resolução, os Conselhos dos Direitos serão os responsáveis por garantir essa participação. E uma regra deve ser respeitada: a proporção de uma criança ou adolescente para cada dupla de adultos. “Essa proporção foi decidida para manter a mesma proporção da comissão de organização da VIII Conferência Nacional, que contou com cinco adolescentes, um representando cada região do país, e dez adultos”, afirma Alexandre Cruz, conselheiro do Conanda.

“O Conselho entende que já não é mais possível fazer políticas de promoção dos direitos de crianças e adolescentes sem a participação deles”, acrescenta Alexandre, conselheiro do Conanda. Isso ganhou maiores dimensões com a elaboração e a aprovação, em abril, do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. O documento tem uma seção específica sobre o tema e traz decisões que incentivam a “participação organizada e a expressão livre de crianças e adolescentes”.

Mobilização

A garantia da participação de crianças e adolescentes fica por conta dos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos, que devem incluí-los nas etapas anteriores à Conferência Nacional. Segundo Alexandre, “o Conanda vai mobilizar, conscientizar e orientar os Conselhos Estaduais que, por sua vez, devem passar as informações para os municípios. Contamos com o empenho de todos os conselheiros para que incentivem os adolescentes a participar dos eventos”.

Para Miriam Abramovay, coordenadora da Área de Juventude e Políticas Públicas da FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), “a resolução é fenomenal. Mas o incentivo não deve partir somente dos conselhos dos direitos. O tema deve ser abordado em escolas, ONGs e até em instituições de cumprimento de medidas socioeducativas. Quanto mais o assunto for divulgado, mais crianças e adolescentes vão querer se informar e participar”.

Protagonismo

Há quem diga que crianças e adolescentes são desmotivados e que não se interessam pela garantia de seus direitos. “Nós temos idéias adultocratas. Exigimos deles que atuem por um modelo de participação de 30, 40 anos atrás. Mas precisamos entender que, mesmo não indo às ruas, eles participam. Acabei de voltar de uma conferência que contou com a presença de mais de 600 jovens. Isso mostra que eles estão preocupados com a realidade em que vivem, com o futuro. E com adolescentes isso não é diferente”, conta Miriam.

Um exemplo de protagonismo juvenil é a atuação de Márcia Almeida Lima da Silva. Hoje com 16 anos, a adolescente já participou de duas Conferências Municipais realizadas pelo CMDCA de São Paulo, onde mora. “Quando cheguei ao abrigo, precisavam de um adolescente que conhecesse o ECA para participar de uma reunião representando o abrigo. Como eu já tinha aprendido sobre o Estatuto na escola, fui selecionada. Nesse evento houve uma eleição e eu fui escolhida como delegada para a primeira Conferência do CMDCA que participei”, conta, animada.

Para a jovem, debater os direitos que não são colocados em prática e tentar fazê-los funcionar é muito prazeroso. “Se o ECA existe para nos ajudar, temos que fazer de tudo para que as suas diretrizes sejam respeitadas e colocadas em prática. Além disso, gosto de falar sobre isso para amigos do abrigo e da escola. Quando a gente sabe dos nossos direitos, a gente pode lutar para garanti-los”.

Sobre o futuro, Márcia já tem a resposta na ponta da língua: “Vou continuar participando das conferências e estudando. Quero me formar em direito e ser juíza da Vara da Infância e da Juventude. Assim vou poder ajudar crianças e adolescentes que tiveram direitos violados”.

Notícia atualizada em 24/08/2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Criança precisa ser ensinada sobre diferença entre afeto e abuso

Em junho deste ano, a Associação Brasileira dos Magistrados e Promotores (ABMP) e a Childhood Brasil, promoveram o I Colóquio sobre Direitos Sexuais de Crianças e Adolescentes no Marco dos Direitos Humanos, na PUC do Rio de Janeiro. O evento debateu autonomia, proteção e participação de crianças e adolescentes em relação aos seus direitos sexuais e reprodutivos para fomentar políticas públicas e gerar recomendações para a área jurídica.

A coordenadora dos projetos dos direitos da criança e do adolescente da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), Maria América Ungaretti, defende que a discussão do direito sexual infantojuvenil é fundamental para o enfrentamento do abuso e da exploração sexual:

Quais foram os resultados deste evento e o que ainda precisa ser feito para caminhar nesta questão?

Houve ênfase muito grande para a questão dos direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes e jovens e sobre a violência sexual, mas ninguém abordou, por exemplo, os direitos sexuais de crianças na primeira infância (até seis anos), porque temos ainda muita dificuldade em fazer esta diferença entre proteção e autonomia. Foi positivo, porque ousamos. A Childhood pode ser considerada pioneira porque aceitou a proposta inovadora da ABMP e queremos dar continuidade a essa discussão bastante embrionária e desafiadora.

Por que a sexualidade e os direitos sexuais de crianças e adolescentes ainda são assuntos muito comentados, mas pouco compreendidos?

Vivemos em um país ainda bastante conservador, onde as questões de afetividade e sexualidade são muito confusas. A criança tem sexualidade diferenciada com prazer e satisfação, desde um, dois anos, quando é amamentada, faz xixi e passa pelas etapas do desenvolvimento afetivo e sexual. Mas, nas próprias escolas a educação sexual é apenas do ponto de vista biológico, fala-se de saúde e reprodução, mas não do prazer.

Professores mais conservadores acham que levar esta discussão é estimular a vida sexual de forma precoce, quando do ponto de vista cultural as pesquisas indicam que a idade média nacional de início sexual é 12 anos (menino) e 14 (menina). Do ponto de vista da Justiça, qualquer relação com meninos e meninas abaixo de 14 é considerado estupro e o sistema de justiça considera avanço, mas está em defasagem com a cultura do país. Qualquer família que quiser denunciar um menino de 15 anos tendo relações com uma menina de 12 pode. E sabemos que muitos já beijam e têm relações.

De que forma conhecer os direitos sexuais na infância é importante para ajudar no enfrentamento do abuso sexual?

Não queremos chegar ao estágio da sociedade americana em que se o menininho de seis anos der um beijo na boca de uma menina de quatro anos, ele está assediando, longe disso. Mas, a criança precisa saber até que ponto é afetividade e carinho que ela merece, e onde o adulto já está se aproveitando do poder que tem para submetê-la. Hoje 80% dos casos de abuso são dentro da própria família. Você vê vários depoimentos de homens dizendo que antes de ser de qualquer um, a menina vai ser dele. Este sentimento de propriedade e de poder fazer o que quiser com a criança é bastante forte no mundo.

A senhora defende o tratamento para o agressor?

O violador deve ser tratado na visão de direitos humanos, para ele ter consciência que aquilo que ele está fazendo prejudica o desenvolvimento afetivo, emocional e intelectual da criança. Muitos deles foram abusados na infância, é a violência a ser resolvida com violência. Eles dominam a criança de diversas formas: passando a mão no seio, bulinando, expondo o órgão, pedindo para a criança chupar. Daí a grande dificuldade de punir o agressor, porque normalmente é uma violência sexual indireta, no qual a menina continua virgem.Um adulto com sua sexualidade bem resolvida não vai usar uma criança para a sua satisfação.

E como a senhora analisa a exploração sexual infantil?

Muitas meninas já foram abusadas e se sentem desvalorizadas, sujas. Sentem-se deformadas, que não servem mais para nada, então entram para a prostituição. Outras acabam nas ruas por conflitos familiares, vão por pobreza, mas é mais abrangente do que se pensava, vendem o corpo para drogas, para pagar objetos de uma sociedade consumista onde se vale pelo que se veste.

Mesmo com a liberação dos costumes (a virgindade caiu por terra e as mulheres convidam os homens para ter relação, algo impensável há 40 anos) os homens ainda procuram prostitutas e quanto mais novas mais interessantes, porque temos a não aceitação do envelhecimento na sociedade.

Como se preparar para os grandes eventos esportivos que serão sediados no Brasil sem colocar em risco as crianças?

Um dos objetivos do primeiro colóquio foi estabelecer parcerias com o Governo do Rio, onde a prostituição será uma forma dos segmentos mais pobres adquirirem renda, e há o sonho de achar o estrangeiro que dê uma vida melhor em outro país.

Em novembro, devemos fazer um encontro com as universidades do Rio, a Fundação para a infância e Adolescência (FIA) e o Ministério Público para discutir plano de trabalho para 2012 e queremos, evidente, que a Childhood participe.

Fonte: Childhood Brasil - 12/08/2011

Conselho Federal de Psicologia é contra a internação compulsória de crianças e adolescentes

Em nota divulgada à imprensa o conselho defende o tratamento em meio aberto, com equipe multiprofissional, por meio do SUS

O Conselho Federal de Psicologia divulgou documento em que se posiciona em relação à prática de internar compulsoriamente crianças e adolescentes usuários de crack. O texto ressalta a importância de discutir questões anteriores à intervenção para impedir que pessoas cada vez mais jovens tornem-se dependentes. Lembra ainda que crianças e adolescentes são prioridade em implementação de políticas públicas e devem receber proteção integral da sociedade e do Estado.

"O direito, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de receber proteção integral com prioridade absoluta foi garantido de fato a estas crianças e adolescentes? Ora, se o tivesse sido, provavelmente, elas não estariam nesta condição de desfiliação social, pois, tal condição não foi produzida do dia para a noite e sim como resultante de longos anos de submissão a processos variados de exclusão social e de violação de direitos", afirma.

Para o conselho, "acionar políticas emergenciais como esta de internar involuntariamente implica em atualizar modelos de intervenção amplamente criticados por profissionais, por pesquisadores na área de ciências humanas e sociais e pelos movimentos sociais, como o da Luta Antimanicomial." O documento ressalta que a reclusão é medida ineficiente, pois transforma os locais de internação em "espaços de reclusão da miséria e da produção de estigmas e violência".

Na avaliação da instituição de classe, "um cuidado em meio aberto, humanizado, com equipes multiprofissionais qualificadas, que tenham condições de trabalho dignas garantidas, no âmbito das políticas de saúde mental e coletiva e da assistência social, que operem por meio dos equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente" são mais eficazes que a internação compulsória.

Leia o documento na íntegra no site do Conselho Federal de Psicologia

Fonte: Portal Andi - 11/08/2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aumento no número de unidades de assistência social contribui na erradicação do trabalho infantil

Do Portal Pró-Menino

O censo do Sistema Único de Assistência Social (Suas) referente ao ano de 2010, divulgado pelo governo na última quinta-feira, dia 21 de julho, mostrou que houve crescimento no número de unidades de assistência social - Cras e Creas - no país. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), tais unidades servem como suporte ao Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (Peti) e, por isso, seu aumento contribui com a erradicação dessa prática.

“A partir dessas unidades, é possível constatar as formas existentes de trabalho infantil em cada município e atuar tanto no combate como na prevenção. As unidades são capazes de oferecer todo o suporte às famílias para que não utilizem a prática como forma de sobrevivência”, afirma a coordenadora da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS, Juliana Petroceli.

Uma das formas utilizadas pelo Peti para garantir a sobrevivência das famílias é sua integração com o Programa Bolsa-Família, iniciada em 2006. As famílias atendidas participam de atividades socioeducativas e de convivência promovidas pelo Peti e, além disso, também cumprem as condições do Bolsa-Família, referentes à saúde e educação, como a melhoria na frequência e no desempenho da criança na escola.

O número de Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que previnem situações de vulnerabilidade e risco e fazem encaminhamentos para outros serviços da rede, aumentou para 6.801 em 2010. Em 2007, esse número era de 4.195. Os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que respondem pela proteção social de média complexidade, tiveram aumento de 32% entre 2009 e 2010. Passaram de 1,2 mil unidades em 1.099 municípios, em 2009, para 1.590 Creas em 1.463 municípios até agosto de 2010.

terça-feira, 12 de julho de 2011

EUSÉBIO CRIA PRIMEIRA CORDELTECA EM ESCOLAS PÚBLICAS DO CEARÁ

A Prefeitura de Eusébio inaugurou a primeira “Cordelteca” em uma escola pública no Estado, na Escola Mário Sales, no bairro Jabuti.

O equipamento homenageia o poeta cordelista Rouxinol de Rinaré, cearense reconhecido internacionalmente por sua arte nos versos. Os alunos utilizam o espaço, decorado com equipamentos e materiais do sertão nordestino, para elaborar os seus textos que são transformados em literatura de cordel, que por sua vez são utilizados como material didático nas escolas.

O idealizador do “Cordelteca” é o educador social, Gilvan Cunha, que contou com o apoio da secretária de Educação de Eusébio, Marta Cordeiro e do prefeito Acilon Gonçalves (PSB). O espaço funciona como uma espécie de museu, onde os alunos, através de uma gincana, pinçaram nas comunidades peças antigas que contam um pouco da história da região, como por exemplo, uma canga de boi, que tem mais de 100 anos. No local estão expostos também potes e outros utensílios de barro, ferros de engomar à brasa, chocalhos, fundas, panelas, brinquedos artesanais, materiais feitos de palha, lamparinas, bancos, mesas, entre outros.

“Além desse trabalho de resgate de peças históricas, estamos adotando nas escolas o uso do vocabulário cearense, o chamado “cearês”, para a elaboração dos textos, para a forma de falar do cearense não fique esquecida ou ignorada pelas novas gerações”, disse Gilvan.

A secretária Marta Cordeiro afirma que a “Cordelteca” está no mesmo segmento dos projetos “Alfabetizar de Verdade” e do “Protagonismo Juvenil”, que levam o aluno a ter uma consciência crítica da sociedade. “Esse trabalho compõe a política pública para educação básica no Eusébio, iniciada desde o início dessa administração. E com o projeto “Ondas da Leitura” criamos várias vertentes como essa agora a Cordelteca. Temos que investir no protagonismo juvenil para formamos cidadãos cumpridores de seus deveres, além de aglutiná-los em torno da escola. Parabenizo o professor Gilvan pela iniciativa”, asseverou.

O prefeito Acilon Gonçalves afirma que projetos de extensão como a Cordelteca caminham para ser tendência no Estado, fazendo com que a educação convencional busque vertentes que atraiam os alunos a participarem de forma mais efetiva da comunidade escolar, ampliando seus horizontes e possibilitando a formação cidadã de todos.

Biografia – Antônio Carlos da Silva, o conhecido Rouxinol do Rinaré, nasceu na localidade de Rinaré (Quixadá). Iniciou desde cedo na arte da poesia. Na atualidade já publicou mais de 80 títulos de literatura de cordel, sendo merecedor de prêmios nacionais. Teve reconhecimento internacional pela Revista Latitudes, Quadrant e Infos Brésil, da França. Seu livro “O Alienista de Cordel” foi selecionado pelas escolas de Belo Horizonte como material didático. Fez projetos para a Biblioteca Nacional e sua obra é objeto de estudo no meio acadêmico. Vários de seus títulos foram adotados pela editora IMEPH, no projeto “Ondas de Leitura”.

Fonte: www.eusebio.ce.gov.br

quinta-feira, 30 de junho de 2011

EUSÉBIO LANÇA CAMPANHA PARA O FUNDO MUNICIPAL DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A Prefeitura Municipal de Eusébio, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Social, realizou nesta quarta feira, 29, o lançamento da campanha de coleta para o Fundo Municipal para Crianças e Adolescentes, com o tema “Plante um Futuro melhor para Nossas Crianças” que visa sensibilização de empresários e da sociedade para serem parceiras nesse trabalho. O evento foi realizado no auditório da escola Neusa de Freitas Sá, com as presenças do prefeito Acilon Gonçalves; da secretária municipal de Desenvolvimento Social, Elêusis Gonçalves, empresários e representantes da sociedade eusebiense.

Na oportunidade, foi proferida uma palestra sobre o Instituto de Educação Portal (IEP). Fundado em 01 de Dezembro de 2007, em Pacajus, o IEP é uma entidade filantrópica que atua através da educação nas transformações sociais, através de um sistema ampliado de rede social, compreendendo mais de 30 parceiros incluindo empresas privadas, organismos públicos e federações. A entidade realiza cursos de capacitação de jovens de acordo com a demanda do mercado, atuando também na inserção dos jovens no mercado de trabalho

No final do evento foram entregues os certificados de conclusão do curso “Jovem Aprendiz”, realizado pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Eusébio, para 20 jovens, com a presença da coordenadora do 1° PAS do Estado, representando o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Evandro Leitão e de empresários parceiros do projeto. Estiveram presentes ainda na solenidade Eduardo Figueiredo e Mônica Rabelo, respectivamente presidente e diretora do IEP.

MAIS INFORMAÇÕES – 3260 2340 (SMDS)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

As idades para o trabalho

Desde 1998 é proibido qualquer tipo de trabalho à criança e ao adolescente menores de 14 anos. A Emenda Constitucional n.º 20 alterou o inciso XXXIII, do artigo 7º, da Constituição Federal, que passou a disciplinar o trabalho de crianças e adolescentes da seguinte maneira:

“proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos” ( Artigo 7º da CF/88)

Em outras palavras:

Idades mínimas para o trabalho:

  • A partir de 14 anos, como aprendiz
  • A partir de 16 anos para o trabalho com carteira assinada
  • A partir de 18 anos para o trabalho insalubre, perigoso ou noturno

É importante notar que a Emenda Constitucional n.º 20 acabou por revogar tacitamente o art. 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente e impulsionou a criação de uma nova legislação sobre a aprendizagem.

Sobre a Aprendizagem

O trabalho do adolescente aprendiz, que compreende as idades de 14 a 24 anos, é previsto na CLT (redação dada pela Lei n.º 11.180/2005) e no Decreto 5.598/05. A primeira lei a tratar do assunto foi a Lei nº 1.097/2000.

O pressupostos mínimos da aprendizagem ou formação técnico-profissional são:

  • Garantia de acesso e freqüência obrigatória no ensino regular
  • Atividades compatíveis com o desenvolvimento do adolescente
  • Alternância entre as atividades práticas e teóricas
  • Horário especial para o exercício das atividades
  • Direitos trabalhistas (salário mínimo, férias) e previdenciários (FGTS) garantidos

As grandes e médias empresas são obrigadas a ter número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.

Se quiser saber mais, jogue o Jogo do Aprendiz, na Cidade dos Direitos. Veja também o texto A alteração da idade máxima do aprendiz de 18 para 24 anos é uma boa notícia?

Sobre o estágio

O estágio, regulamentado pela Lei n.º 11.788/2008, é outra possibilidade de inserção profissional do adolescente, devendo ser avaliada com cuidado. É importante lembrar que o estágio não é trabalho nem aprendizagem. É considerado pela lei como um ato educativo escolar supervisionado.

Para ser estagiário, o jovem deve estar vinculado à Educação Superior, Educação Profissional, Ensino Médio, Educação Especial ou aos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

O estágio não requer formação técnica-profissional concomitante e o contrato não poderá exceder 2 anos na mesma parte contratante, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

O estagiário tem jornada máxima pré-definida de acordo com o art. 10 da Lei nº 11.788/2008, direito a recesso de 30 dias por ano e à remuneração complusória nos casos de estágio obrigatório.

O estágio interessa muito ao jovem que quer vivenciar situações da área de trabalho que ele escolheu. Neste sentido, é bastante recomendado para jovens que já estão na faculdade (Ensino Superior).

Fonte: www.promenino.org.br

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Saber Direito...


O que é Direito à Convivência Familiar e Comunitária?

É um direito previsto no artigo 19 do ECA, de que a criança e o adolescente devem ser criados e educados no seio familiar, seja a família natural ou substituta, em um ambiente sadio e livre de pessoas que possam lhe trazer más influências.

Entenda mais e melhor sobre os princípios da boa convivência familiar:

A Base de uma família feliz está em ter cada mebro da família em franco crescimento, cada um em sua fase, em seu tempo, mas todos devem estar crescendo.

Crescer é doloroso. Crescer é desafiante. Causa mêdo às vezes. Traz conflitos. Envolve sentimentos e pensamentos bons e ruins. Leva ao confronto com aqueles que já passaram de fase e por isso acham que a fase do que vem atráz é mais fácil, não é. É tão difícil quanto a sua próxima fase.
Nos dias atuais quando valores e padrões estão se diluindo no mar da informação é bom que paremos um pouco para refazermos nosso arsenal de princípios da boa convivência e do bom viver. É bom parar para dar algumas dicas para nossos parentes. Sentar à mesa e falar sobre coisas simples, mas que podem fazer toda a diferença. Discuti esta lista com minha esposa e filhos na semana passada, foi muito bom. Aprendemos muito e crescenmos juntos. Esta foi a lista:

1. Nem tudo na vida é como eu gostaria que fosse;
2. Temos que aprender a lidar com a imperfeição e não culpar uns aos outros o tempo todo;
3. Aprender a lidar com as frustrações, Ninguém tem domínio total sobre a realidade. Muitos acontecimentos que ocorrem não dependem de nossa competência ou habilidade. Aceitar a nossa impotência diante de determinados fatos é melhor que nos acusarmos por eles. A terrível frase: "Querer é poder" é responsável por grandes sensações de fracasso. Daí a outra frase comum nesses momentos: "Se eu soubesse..." Se eu soubesse com antecedência o que iria acontecer, eu seria....
4. Precisamos aprender a lidar com as diferenças, somos diferentes por isso somos especiais;
5. Aprender a renunciar: abrir mão de nossa individualidade, opiniões, gostos, direitos...
6. Aprender a servir, o mundo da voltas, amnhã você precisará de ajuda também;
7. Abrir mão da manipulação;
8. Não levar a sério as próprias fantasias;
9. Aprender a lidar com a sensação de injustiça que acompanha as pessoas quando se frustram. Essa sensação de injustiça é fruto de nossa vaidade, de nos levarmos a sério demais, de nos atribuirmos uma importância que, na verdade, não temos;
10. Aprenda a não culpar as pessoas por seu estado de espírito negativo;
11. Aprenda a autosuperação, automotive-se sempre;
12. Melhorar sua auto-estima, A base de uma vida e relacionamentos do ponto de vista psicológico, é o amor a si mesmo. Quase todos os nossos problemas emocionais - ansiedade, timidez, auto-destrutividade nos negócios ou na vida amorosa, o caminho das drogas - têm sua origem na auto-estima insuficiente É esse afeto por nós mesmos que nos dá o sentido de valor, de merecer o sucesso seja em qual área for. É o que nos leva a enfrentar os desafios da vida. É na hora da queda, dos fracassos, das perdas inevitáveis, já que somos humanos, que a auto-estima reflete sua face mais importante. Na mesma circunstância em que uns optam pelo renascimento, pela recuperação, outros optam pela depressão e acomodação no sofrimento.
13. Aprenda a valorizar o outro, isso significa viver e trabalhar em comunidade...
14. Aprenda a influenciar positivamente o ambiente;
15. Aprenda a lutar contra seus piores impulsos;
16. Pense antes de falar; (Vai valer a pena dizer isso? Vai construir? Vai ajudar?)
17. Aprenda a Equilibrar-se Todo excesso prejudica, seja para um lado ou para outro., Todo sofrimento psicológico é fruto de um conflito interno. Lados opostos brigando dentro de nós e criando desequilíbrios emocionais. Gostamos de dividir o mundo, as coisas e as pessoas em categorias que se opõem: bom e mau, certo ou errado, vida pessoal ou vida profissional, materialista ou espiritualista. Estamos sempre optando entre uma coisa e outra, o que nos traz muita ansiedade e angústia. A procura pela inteireza, conciliação entre os opostos e ausência de luta interna é a mesma procura pela paz, amor e felicidade. Os antigos místicos diziam que a virtude está no meio, indicando que o esforço do homem tem de se concentrar no equilíbrio;
18. Decida fazer felizes as pessoas a sua volta;
19. Quando entrar em casa, logo ao pegar na maçaneta, decida entrar em paz, trazer harmonia...
20. Quando sair de casa deixa as pessoas em paz...
21. Aprenda a decidir como irá agir em cada situação; Não aja por instinto;
22.FAÇA SUA auto-crítica e MUDE; Peça ajuda aos outros membros da família confessando suas dificuldades e fraquezas, peça-lhes que o corrija quando você falhar naquele(s) ponto(s) é mais fácil lutar quando se tem a família ao nosso lado!

Quer uma sugestão? Preparem um jantar, chame a família e fale de cada ponto com eles. Discutam um pouco cada questão. Conversem sobre o valor de ser feliz, de ter uma vida saudável, de se livrar do stress, afinal de contas uma vida saudável fisica e emocionalmente começa no lar.

Sucesso a todos!

Múcio Morais
Consultor e Conferencista
Palestras para Famílias / Comportamento /
(31) 3082-7271

Sobre o Autor

Palestrante Motivacional e Consultor nas áreas de Desenvolvimento humano, Vendas, Marketing, Liderança e Gestão. Palestrante motivacional que utiliza oratória de impacto aliado a técnicas de PNL. Considerado um dos melhores atores em palestras shows do Brasil!

Presente em vários eventos de importância no Brasil, o Prof. Múcio desenvolve diversos temas relevantes para o empresariado. Sua mais recente apresentação foi voltada para DESENVOLVIMENTO EM TEMPOS DE CRISE.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Bullying: das brincadeiras à violência

Por Cléo Fante*

Todos nós já fomos crianças um dia. Quem não se recorda das brincadeiras que nos faziam rir e às vezes chorar de raiva ou de vergonha? Sem graça, inconvenientes, inconsequentes, maldosas. Mas tudo não passava de brincadeira.

As brincadeiras fazem parte das relações; aproximam, integram, incluem. Entre os estudantes, são essas brincadeiras que tornam o ambiente escolar divertido e descontraído, que estimulam a frequência, a permanência, o desempenho, a aprendizagem, o gostar da escola.

No entanto, quando as brincadeiras perdem a essência da espontaneidade, da diversão e do prazer podem se converter em violência. Nesse ponto é que está o sinal de alerta. Existe uma linha muito tênue entre brincadeira e violência. Na brincadeira deve existir um equilíbrio entre as partes e todos se divertem, se descontraem, participam. Quando há desequilíbrio, onde uma parte se diverte e a outra é constrangida, humilhada, intimidada, a brincadeira acabou e aí começa a violência.


Assim como as brincadeiras são parte das relações, pode-se dizer que a violência de igual modo. Quem não se recorda de cenas de violência envolvendo familiares, vizinhos, amigos ou a si mesmo.

A violência é cruel, machuca, faz sofrer. Ao longo dos tempos foi se instalando sorrateiramente em nosso cotidiano. Faz parte de nossas vidas, de nossas histórias. Está presente em todos os contextos sociais, nas relações entre adultos, destes com as crianças e vice-versa.

Infelizmente, entre as crianças se torna cada vez mais visível, em especial no contexto escolar. Dentre as formas de violências que ocorrem entre os estudantes, há uma que desperta a atenção e o interesse de estudiosos de todo o mundo, o bullying.

Confira levantamento nacional inédito – realizado pelo Ceats/FIA (Centro de Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração) e pela ONG Plan Brasil – sobre a situação de violência e manifestações de bullying nas escolas brasileiras

O bullying é uma forma de violência que ocorre na relação entre pares, sendo mais comum entre os estudantes. É definido como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotadas por um indivíduo contra outro(s), sem motivos evidentes, causando dor e sofrimento e dentro de uma relação desigual de poder, o que possibilita a intimidação.


É um fenômeno antigo, tanto quanto a própria instituição escola. No entanto, seus efeitos ao longo do tempo foram ignorados, por ser interpretado como brincadeiras da idade.



O bullying não pode ser confundido com brincadeira. É violência gratuita e intencional. É marcado por um jogo de poder, onde os mais fortes – do ponto de vista físico, emocional, econômico, social – convertem os mais fracos – sob os mesmos pontos de vista - em objetos de diversão e prazer.

O autor de bullying é movido pelo desejo de popularidade, aceitação, status de poder no grupo social. Para isso, submete aquele que elegeu como “bode expiatório” à situação de inferioridade, ao escárnio público na escola ou na internet, ao psicoterrorismo. Humilha, constrange, difama, intimida, persegue, amedronta. Quanto mais atormenta a vida do outro, mais cresce a sua popularidade. Torna-se temido e muitas vezes respeitado entre os colegas de escola e/ou fora dela.

Geralmente, escolhe aquele que não oferece resistência, o vulnerável, o mais fraco, o menor, o que tem poucos ou nenhum amigo. As vítimas potenciais são os que apresentam exacerbada timidez, introspecção, dificuldade relacional, diferenças individuais positivas ou negativas, dificuldade de se impor e de se defender.

Suas ações são validadas por muitos que assistem e acabam por participar - direta ou indiretamente -, como espectadores ativos, passivos ou omissos.

É claro que há os que não concordam com o comportamento negativo dos colegas, tentam defender as vítimas, mas nem sempre conseguem. Outros se divertem com a intimidação e o sofrimento alheio. Há, ainda, os que se omitem temendo ser eleitos como próximos alvos dos maus tratos.

A vítima acuada, na maioria dos casos, sofre em silêncio. Por medo de represálias ou da incompreensão dos adultos ou dos colegas, da vergonha de se expor ainda mais ou de não sobrecarregar os familiares com mais problemas. Carrega consigo a dor, a vergonha, a raiva, tanto daqueles que a fazem sofrer como de si mesma, por não saber o que fazer.

Os efeitos do bullying afetam a todos, em especial às vítimas, que poderão ter seu processo de desenvolvimento comprometido. Dependendo da gravidade da exposição e temporalidade, as sequelas podem acompanhá-las além do período acadêmico. Poderão se tornar adultos inseguros, tensos, agressivos, deprimidos, com dificuldades relacionais e afetivas. Poderão desenvolver transtornos e doenças de fundo emocional, adotar condutas ofensivas, reproduzir o sofrido em outros contextos, como o laboral e familiar.

Em alguns casos, o bullying está associado aos massacres que ocorreram em escolas, com maior incidência nos Estados Unidos. No Brasil, as tragédias em Taiuva (SP, 2003), Remanso (BA, 2004) e Realengo (RJ, 2010) retratam as sequelas do bullying.

Durante anos os protagonistas de tais tragédias foram alvos de deboches, humilhações e perseguições gratuitas por serem diferentes dos demais. Ressentimentos foram ao longo do tempo represados, pensamentos de vingança foram se cristalizando, problemas foram se acumulando. Um componente sozinho não é capaz de produzir tanto efeito, mas a junção de fatores, emocionais, familiares, econômicos, sociais, laborais, associada ao bullying é.

Obviamente nem todas as vítimas de bullying chegarão ao trágico desfecho de matar e matar-se. Há os que sofrem, os que enfrentam, os que superam. Há os adultos que, quando instrumentalizados, oferecem apoio, segurança e auxílio às vítimas e autores. Isso é imprescindível.

Por outro lado, obviamente, que nem tudo o que acontece na escola é bullying. Há provocação, desavença, briga, conflito, indisciplina, desrespeito, incivilidade. Existe uma gama de situações que ocorrem entre os estudantes. O que vejo é certo exagero por parte de muitos adultos, que tentam explicar o bullying de forma precipitada e equivocada, o que tende a banalizar e alarmar a sociedade.

Muitas escolas, equivocadamente, estão querendo acabar com as brincadeiras. As crianças estão sendo constantemente observadas, advertidas, engessadas. As brincadeiras, mesmo as agressivas, inconvenientes ou inconsequentes, fazem parte das relações. Deixem as crianças brincarem. Os adultos devem observar à distância e quando as brincadeiras perderem sua essência é que devem intervir.

Afinal, brincar é direito de crianças e adolescentes que deve ser preservado. O que não se pode permitir é a ocorrência de bullying. Todos devemos velar pelos direitos de crianças e adolescentes. Punir ou criminalizar não é a solução. Prevenir é melhor do que remediar, diz o velho ditado.

Fonte: www.promenino.org.br
*Cléo Fante é pesquisadora pioneira do bullying escolar no país e consultora da ONG Plan Brasil.

terça-feira, 24 de maio de 2011

EUSÉBIO LANÇA VÍDEO SOBRE O ENFRENTAMENTO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A Prefeitura Municipal de Eusébio, através da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social e do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), lançou nesta quarta-feira, 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento e Combate a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o vídeo “Foi uma Vez... uma estória de muitas infâncias”, que apresenta, de forma didática, como proceder em caso de abuso sexual de crianças e adolescentes.

O vídeo, produzido pela Alfa Produções, contou com atores da terra que encenaram as mudanças comportamentais na garota Gleiciane que intrigam a sua mãe e outras pessoas que convivem com ela diariamente em casa, na sala de aula e outros locais que ela freqüenta cotidianamente. Ao perceber o distúrbio no comportamento de Gleiciane, a professora Sueline, procura o Creas que notifica a mãe e convoca a sua presença.

A suspeita de abuso é comprovada, após flagrante de violência sexual, ela denuncia o fato às autoridades, que autuam o criminoso e o prendem. Em seguida busca ajuda psicológica para ela e a sua criança. Ela consegue ajuda para a filha e a mesma volta a ter um comportamento dentro dos padrões normais. No final feliz Gleiciane irradia felicidade, brincando e participando das atividades em sala de aula.


O vídeo é permeado de depoimentos de psicólogos, assistentes sociais e advogados que apresentam a legislação e dão os caminhos para que o problema seja solucionado. O trabalho será repassado para toda a rede de enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes de Eusébio e servirá como principal ferramenta da campanha de enfrentamento iniciada no município, juntamente com a cartilha “Prevenindo a Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, elaborada pela Assessoria Especial de Políticas para a Mulher, Setas, Creas, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar.


A solenidade, realizada na Câmara Municipal de Eusébio, foi aberta pela coordenadora do Creas de Eusébio, Katiana Moura Rocha, que destacou as ações que serão realizadas na campanha de enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes. O juiz da Comarca de Eusébio, Eli Gonçalves, afirmou que esse dia 18 de maio, foi escolhido porque nesta data houve o assassinato da menina Araceli, em Vitória do Espírito Santo, no ano de 1973, que ficou conhecido como caso Araceli. A menina foi seqüestrada, drogada, estuprada e morta por pessoas da alta sociedade que até hoje estão impunes.


Segundo o juiz, só em 2010, 12.487 crianças e adolescentes foram vítimas no Brasil de abusos sexuais, sendo que 78% delas do sexo feminino. Ele destacou ainda o lançamento do Plano Nacional de Enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes que contempla 18 itens, e prevê financiamento de ações nos municípios. “Esse enfrentamento não acontece de forma isolada. Todos os atores devem estar juntos para solucioná-lo”, observou.


A Secretária de Desenvolvimento Social, Elêusis Gonçalves, destacou que o vídeo e a cartilha serão instrumentos importantíssimos na campanha contra abuso sexual realizada no Eusébio, pois foram elaborados de forma clara, linguagem simples e orientadora.


A primeira-dama do município e assessora de Políticas para a Mulher, Marta Gonçalves, disse que toda administração tem que ter um olhar especial para esse grave problema, visando criar uma rede de proteção efetiva em defesa dos segmentos. “O lançamento desse vídeo, vem coroar o trabalho que estamos desenvolvendo em Eusébio e acreditamos que ele venha ser um grande aliado nessa tarefa de tornar nossa cidade um lugar melhor para que os homens e as mulheres eusebienses possam viver cada vez melhor”, asseverou.


Marta Mendes, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, por sua vez, lembrou que a exploração de crianças e adolescentes deixa danos físicos e emocionais, por isso a necessidade de se reforçar ações preventivas e de esclarecimento para que a sociedade seja efetivamente protetora.


O prefeito Acilon Gonçalves (PSB) disse que no Eusébio diversas políticas públicas vem sendo realizadas visando ter uma sociedade que proteja suas crianças e jovens, “mas tenho consciência plena de que só vamos mudar nossa sociedade através da educação. Sei também os efeitos da educação só serão sentidos em 20 anos. Não podemos ficar aguardando tanto tempo, e é por isso que temos que efetivamente criar mecanismos para enfrentar os problemas de forma urgente”.

Destacou a criação da assessorias de Políticas Sobre Drogas, da Assessoria Especial de Políticas para a Mulher, da Secretaria de Segurança Pública e Cidadania do município e, mais recentemente, do Gabinete de Gestão Integrada do Município, que vai integralizar todas as ações de prevenção e enfrentamento da violência em todos os seus níveis.


O prefeito destacou a importância da criação do Dia Nacional do Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e o engajamento do município na mobilização nacional, além disso, disse que vem trabalhando para criar toda uma estrutura necessária para a família vivem bem, com seus jovens recebendo bons exemplos no núcleo familiar, para que permaneçam longe das drogas e da exploração sexual, “que é um crime hediondo”.

DADOS TÉCNICOS:

FILME - FOI UMA VEZ... A ESTÓRIA DE MUITAS INFÂNCIAS!

Protagonistas:

Kayena Sappi – Gleiciane (filha)

Paullyany Cavalcante – Mazé (mãe)

Ruth Calasans - Professora Sueline

Francisco França – Flystone (Diretor da escola)

Antagonista:

Cleber Junior - Rufus

Atores Coadjuvantes (Secundários)

Psicólogas:

Amanda Mamede

Rafael Mamede

Assistente Social:

Sabrini Martins

Raquel Correia

Advogada:

Lívia Rosa

Recepcionista:

Cecília Paula

FICHA TÉCNICA

Direção e Roteiro – José Maurílio

Produção, Fotografia e Câmera – Ricardo Bessa

Edição e Finalização – Gilson Silva

Cabelo e Make-up – Enne Mellany

Assistente de Produção – Daniel Henrique

Assistente de Câmera e Som Direto – Paulo Ronald

Assistentes de Set – Ruan Bessa, João Pedro

Motorista – Pedro Kleber

Colaboração de Argumento – Armando de Paula e Katiana Moura

MAIS INFORMAÇÕES – 3260 2340 (Secretaria do Desenvolvimento Social)

3260 1090 – 99058110 (Marcelo Raulino – Coordenador de Comunicação Social)

sábado, 14 de maio de 2011

Psicopedagoga fala sobre sexo e gravidez precoce na adolescência

A adolescência é considerada uma fase de transição entre a infância e a idade adulta, uma etapa da vida que o jovem assume mudanças na imagem corporal, de valores e de estilo de vida e criam uma identidade própria. O sexo faz parte da educação e da vida. E cabe aos pais, oferecerem a educação sexual aos filhos. A psicopedagoga Maria Irene Maluf relata que muitos pais se sentem atemorizados quando descobrem a gravidez de sua filha ou ao saber que o seu filho engravidou a namorada ou a amiga da escola. Mas como os pais devem agir?

Sexo, adolescência e gravidez precoce

Uma das questões que mais afligem os pais de adolescentes é a gravidez precoce. Essa preocupação é compreensível sob todos os pontos de vista: o organismo da jovem não está pronto para a maternidade, que também não está amadurecido psicologicamente para assumir uma responsabilidade desse porte. Além disso, ela não é financeiramente autônoma, não tem profissão e nem ao menos completou seus estudos. Geralmente não tem um relacionamento afetivo estável, não consegue manter sozinha uma vida organizada e pela própria situação criada, percebe-se que não sabe se cuidar, colocando a própria vida em risco por não ser precavida.

Calcula-se hoje que cerca de 20% da população brasileira seja de adolescentes (jovens entre 10 a 19 anos), e que nesta faixa etária a incidência da gravidez esteja entre 14 e 22%,o que é um número preocupante.

Mas, se a nossa adolescente está grávida, agora é a vez dos adultos da família tomarem as medidas para que os problemas não piorem, não se tornem ainda mais complexos e traumáticos para todos.

Convenhamos que receber a notícia, que normalmente traz tanta alegria, nesse caso surpreende e assusta, pois não raro se vê meninas de menos de quinze anos, acreditando que ter um bebê é como se vê nas novelas…e seus pais sabem que não é assim! Mas brigar, repreender, bater, expulsar de casa, está fora de cogitação: a solução é sentar, conversar e tentar saber o máximo possível para ajudar, orientar e diminuir o impacto que essa menina terá na vida a partir de agora.

A começar pelo básico: visita a um médico ginecologista é fundamental e urgente. Como foram as condições em que essa jovem engravidou devem ser examinadas, assim como suas condições de saúde para enfrentar a gestação. Por mais forte que seja e mais saudável, exames serão necessários assim como um pré natal cuidadoso. A gravidez na adolescência envolve riscos: maior incidência de anemia materna, pressão alta, parto complicado, infecção urinária, prematuridade do bebê, infecções pós-parto, etc.

Em seguida, uma conversa com a filha e se possível com o pai do bebê. Chamar os dois para suas responsabilidades em relação ao filho que vai nascer é indispensável: não cabe aos futuros avós assumirem essa maternidade/paternidade. Aliás, as duas famílias devem se conhecer e conversarem sobre os rumos que devem ser dados. De toda forma o que é básico é se lembrarem de que esta é uma situação que ocorreu por falta de responsabilidade desses jovens, falta de vivencia das conseqüências de seus atos em situações anteriores e não é interessante repetir os mesmos erros. Deixem seus filhos, tanto a jovem grávida, quanto o pai do bebê, aproveitarem dessa situação para crescerem e amadurecerem, buscando soluções de como farão para criarem seu filho. Ajudem com orientações, mas deixem que eles procurem as soluções. Em geral adolescentes estudam meio período: podem, portanto buscar trabalho de meio período e se revezar no cuidado com o filho. Essa criança precisa dos pais como todas as crianças. E precisa de avós, mas no papel de avós e não de pais “postiços”, como vemos tantos por aí. Sinalizem claramente que estão dispostos a ajudar, mas não a fazer por eles o que é de sua responsabilidade.

Um último lembrete: continuar os estudos é fundamental, mesmo porque se a jovem parar, depois que tiver o bebê será difícil retornar à escola. No Brasil, apenas 30% de adolescentes que tinham engravidado voltaram e concluíram os estudos. E dos estudos depende o futuro profissional e entre tantas responsabilidades, essa não pode nunca ser esquecida.

E que fique aqui um alerta a quem tem filhas: esclarecimento sobre sexo nunca é demais, pois o número de jovens grávidas na adolescência tem aumentado e a faixa etária das gestantes diminuído.Seja porque a mídia exagera na erotização do corpo, ou porque a atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, as conseqüências indesejáveis como o aumento da freqüência de doenças sexualmente transmissíveis (DST), a AIDS e a gravidez indesejada nessa faixa etária, vem crescendo e trazendo problemas muitas vezes trágicos e insolúveis.

Autor: Maria Irene Maluf
Especialista em Psicopedagogia e em Educação Especial,
Coordenadora do Curso de Especialização em Neuroaprendizagem do Instituto Saber/FACEPD. www.irenemaluf.com.br, irenemaluf@uol.com.br

Fonte: www.anitamulher.com.br